A confirmação de que o ex-governador Pedro Taques voltará a comandar o PSB em Mato Grosso reacendeu disputas internas e abriu nova fase na reestruturação partidária para 2026. Mesmo com o aval da cúpula nacional — incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o prefeito João Campos — a mudança ainda não foi oficialmente comunicada ao atual líder do grupo no estado, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB).

Ao Gazeta Digital, Russi afirmou que não recebeu até agora nenhum comunicado formal sobre a chegada de Taques. Ele explicou que a articulação deve ter sido conduzida em Brasília desde que informou à direção nacional que deixaria a legenda em 2025.

“A direção buscava alguém para reorganizar o projeto federal e estadual. Como não houve interessados, o vereador Ilde Taques assumiu. Mas já sabíamos que isso poderia acontecer”, disse.

De volta ao partido onde iniciou sua trajetória política, Pedro Taques reassume com a missão de reconstruir o PSB no estado e pavimentar sua candidatura ao Senado em 2026. O ex-governador destacou que pretende conversar com Max Russi e reconheceu o papel do deputado na expansão da sigla em Mato Grosso.

“O Max é uma liderança importante e fez do PSB um partido relevante no estado. Vamos dialogar”, afirmou.

Aliados até 2018, Taques e Russi atuaram juntos durante o governo estadual, quando o parlamentar comandou a Secretaria de Assistência Social e Trabalho e criou o programa Pró-Família — rebatizado como Ser Família na gestão Mauro Mendes. Mesmo após Mendes deixar o PSB para disputar o governo pelo DEM, Russi permaneceu na sigla e integrou o arco de alianças de Taques, que acabou derrotado nas urnas.

Fonte. https://www.unicanews.com.br/politica/russi-nega-ter-sido-informado-sobre-pedro-taques-reassumir-a-presidencia-do-psb/131665