É Mato-Grosso - Preço da soja permanece em tendência de queda na bolsa de Chicago

A escassez de novidades no mercado da soja mantém as cotações em uma faixa lateral na bolsa de Chicago. Os contratos da oleaginosa para março fecharam em queda de 0,46% nesta segunda-feira (15/12), a US$ 10,7175, para o bushel.

A tônica do mercado segue a mesma há pelo menos dois meses. Sem novas compras da China por soja americana, os preços tendem a cair, mas sem grandes oscilações.

Os dados oficiais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que as aquisições chinesas de soja americana passam de 3,5 milhões de toneladas. Mas os cálculos de analistas indicam uma quantidade maior. Para Arlan Suderman, economista chefe de commodities da StoneX, as aquisições se aproximam de 6 milhões de toneladas, metade do que o governo dos EUA havia estabelecido como meta negociar neste ano.

“A China continua a fazer compras para suas reservas de soja, ao mesmo tempo que leiloa os estoques atuais para abrir espaço. A soja americana é cara demais para os processadores privados comprarem, então o comprador estatal da China pode adquiri-la, colocá-la em sua reserva e depois leiloá-la por um preço mais baixo para as processadoras privadas”, destacou, Suderman, em boletim.

Trigo

Uma ampla oferta de trigo combinada com a fraca demanda pelo cereal dos EUA reforçam o quadro de queda para os preços no mercado internacional. Os lotes com entrega para março de 2026 fecharam em baixa de 1,61%, a US$ 5,2075 o bushel.

De acordo com análise da consultoria Granar, os preços do trigo foram pressionados por uma oferta global recorde que obriga todos os fornecedores a se manterem competitivos para evitar a perda de participação de mercado.

A consultoria acrescentou que a notícia do primeiro carregamento de 65 mil toneladas de trigo argentino destinado à China contribui para a tendência de queda, já que o cereal argentino está mais barato para os compradores, principalmente após a redução dos impostos anunciada pelo governo argentino.